O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, reconheceu, Terça-feira (16), que a capital moçambicana enfrenta actualmente, uma grave crise de transportes de passageiros, cuja solução passa por um grande investimento no sector.
“Reconhecemos que nesta altura estamos numa fase de crise de transportes, porque a disponibilidade que oferecemos aos nossos munícipes, em termos de transportes é insuficiente, pelo que temos que fazer grandes investimentos, quer ao nível da Empresa Municipal de Transportes, quer ao nível do sector privado”, disse Simango falando a jornalistas.
O edil de Maputo esclareceu que o investimento tem de ser no sentido de aumentar a oferta de transporte, “porque a crise só se resolve aumentando a oferta e solucionando outros problemas” que se levantam neste domínio.
Para Simango, o problema não tem haver apenas com a frota de autocarros, mas também com a mobilidade na cidade e fora dela, sendo por isso necessário fazer-se mais estradas e melhorar a manutenção das viaturas que já existem.
“Mas para além do rodoviário, precisamos também de estimular o transporte ferroviário e explorar o transporte fluvial, e se conseguirmos fazer isso, poderemos chegar a uma altura em que as pessoas vão preferir andar em transportes colectivos a viaturas particulares”, realçou.
O papel do sector privado no transporte de passageiros foi considerado fundamental pelo edil de Maputo. Segundo Simango, a transportadora municipal contribuiu com 35 por cento do total dos munícipes que usam o transporte público, sendo os restantes 65 por cento assegurados pelo sector privado.
Num outro desenvolvimento, o autarca disse que o Conselho Municipal de Maputo perspectiva instalar uma central semafórica, para ajudar os semáforos a descongestionar o trânsito, particularmente durante as horas da ponta.
