Dois fiéis muçulmanos foram mortos e vários outros ficaram feridos durante um ataque, na madrugada de quinta-feira, contra uma mesquita perto da Cidade do Cabo, na África do Sul.
O agressor, que exibia uma faca grande, foi abatido pela Polícia. Os motivos que se escondem por detrás deste incidente ainda não são conhecidos, numa tragédia que coincide com o fim do mês sagrado de Ramadão (jejum muçulmano).
Um ataque similar foi lançado contra uma mesquita na cidade sul-africana de Verulum, no KwaZulu-Natal, no mês passado.
A tragédia de quinta-feira ocorreu por volta das 03:00 horas locais, na pacata comunidade agrícola de Malmesbury, numa altura em que os fiéis acabavam de entrar na mesquita. Tudo parecia indicar que o suspeito rezava com os outros fiéis na mesquita, quando lançou o seu ataque, segundo testemunhas oculares.
Quando a Polícia chegou ao local, alguns minutos mais tarde, abateu o assaltante perante a recusa deste último de largar a sua faca.
O Conselho Judicial Muçulmano da África do Sul declarou ter ficado “chocado do fundo do coração” pela tragédia e exortou a comunidade a não tirar nenhuma conclusão precipitada “até que toda a verdade seja apurada”, declarou.
Por seu turno, o partido da Aliança Democrática (DA, oposição oficial) exprimiu as suas “mais sinceras condolências à comunidade muçulmana”.
“A Constituição sul-africana estipula que as pessoas têm o direito à liberdade religiosa, incluindo a liberdade de culto. Um ataque contra pessoas enquanto praticam actos de devoção é um ataque contra a Constituição e as liberdades de que gozamos neste país”, declarou o deputado Bonginkosi Mdikizela, da Aliança Democrática.