Dois ataques suicidas do lado de fora de uma igreja de 130 anos no Paquistão deixaram pelo menos 56 mortos após a missa de domingo, no ataque mais mortal contra cristãos no país predominantemente muçulmano.
A violência religiosa e ataques contra forças de seguranças têm aumentado no Paquistão nos últimos meses, afetando os esforços do primeiro-ministro Nawaz Sharif de controlar a insurgência após chegar ao poder em junho.
Os homens-bomba atacaram a histórica Igreja de Todos os Santos, na cidade de Peshawar, no momento em que centenas de paroquianos saíam do prédio após a missa de domingo.
“Eu ouvi duas explosões. As pessoas começaram a correr. Restos humanos estavam espalhados por toda a igreja”, disse uma paroquiana, que deu apenas seu primeiro nome, Margrette.
Cristãos correspondem a cerca de quatro por cento da população do Paquistão de 180 milhões de pessoas. Ataques a áreas cristãs ocorrem esporadicamente no país, mas o deste domingo foi o mais violento na história recente.
O policia Najeeb Bogvi calculou o número de mortos em 56, afirmando que mais de 100 pessoas ficaram feridas. A polícia informou que os mortos incluem muitas crianças e mulheres. Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque.