Pelo menos 500 doentes de SIDA abandonaram o tratamento antiretroviral no último semestre, no distrito da Namaacha, sul de Moçambique.
De acordo com os dados das autoridades da Saúde naquele distrito fronteiriço, estes doentes correspondem a cerca de 25 por cento do universo dos doentes que beneficiavam do tratamento antiretroviral naquele período.
Segundo reporta a Rádio Moçambique, a emissora pública nacional, os doentes dizem que desistem do tratamento por causa das longas distâncias que são obrigados a percorrer para chegar ao centro de saúde onde recebem o tratamento, que se encontra na vila sede do distrito.
Salomão Manhiça, ponto focal do Núcleo Provincial do Combate ao SIDA afecto àquele distrito, disse que, para contrariar essa situação, estão em curso encontros com as comunidades para sensibilizar os doentes a continuarem com o tratamento.
“O Governo e a unidade sanitária têm envidado esforços no sentido de incluir os líderes comunitários e os chefes das localidades no combate ao SIDA, isto é, nas reuniões que o Governo realiza com os líderes há uma sensibilização para que eles incentivem a comunidade a aderirem nas unidades sanitárias para tratar qualquer doença”, disse Manhiça.
Os programas de sensibilização incluem médicos tradicionais para uma melhor colaboração com as unidades sanitárias no sentido de prover melhor tratamento aos doentes, em função das enfermidades.