Um disparo de artilharia atingiu nesta sexta-feira um funeral com a presença de separatistas do sul do Iémen, matando 15 pessoas, incluindo crianças, disseram testemunhas e fontes médicas.
Testemunhas afirmaram que o artefato foi disparado por um tanque e culparam o Exército. Um oficial do Exército local, que pediu para não ser identificado, declarou à Reuters que um posto militar havia disparado por engano e que o homem encarregado estava sendo investigado. Não havia comentários imediatos do Ministério da Defesa em Sanaa.
Cerca de 40 pessoas também ficaram feridas no ataque a uma tenda onde estava sendo realizado o funeral de um separatista do sul, que morreu nesta semana, disseram fontes à Reuters. A tenda foi preparada dentro de uma escola na província de al-Dhalea, sul do país, por membros do al-Herak al-Janoubi, uma coligação de grupos que tem o objetivo de estabelecer um Estado independente na região.
O presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi criou uma comissão para investigar o incidente, informou a agência estatal de notícias Saba, sem fornecer mais detalhes.
O Iémen está a lutar para restaurar a autoridade do Estado depois que protestos derrubaram o presidente Ali Abdullah Saleh, há um ano. Militantes islâmicos reforçaram seu controle sobre partes do país antes de serem obrigados a recuar pela ação militar apoiada pelos Estados Unidos, e grupos do sul intensificaram suas campanhas para a separação.