Pelo menos quatro dirigentes do sector da Educação nos distritos de Macanga e Moatize, província de Tete, centro oeste de Moçambique, encontram-se detidos, indiciados por desvio de fundos do Estado.
Trata-se dos directores dos Serviços da Educação, Juventude e Tecnologia dos distritos de Moatize, Ernesto Trabuco, e de Macanga, Armando Salgado, bem como os respectivos gestores das mesmas instituições, segundo reporta a Rádio Moçambique, a emissora pública nacional.
Não foram revelados os esquemas usados para o desvio do dinheiro do erário público, mas sabe-se que, em Moatize, por exemplo, o montante desviado ascende três milhões de meticais, o equivalente a mais de 112 mil dólares americanos.
Em relação ao distrito de Macanga, ainda não se sabe o valor desviado porque, segundo o director provincial da Educação e Cultura, Leonardo Chaípa, ainda está em curso o processo judicial sobre o caso.
“Estão a decorrer os processos disciplinar e criminal. As pessoas estão na cadeia e em relação a Moatize já existe o resultado: o director e o respectivo gestor estão expulsos do Aparelho do Estado”, disse Chaípa.
Neste momento, estão em curso investigações nas direcções da Educação, Juventude e Tecnologia de todos os distritos da província para detectar eventuais falcatruas no processamento de faltas e subsídios de horas extras.
Em Moçambique, um dos esquemas usados para o desvio de fundos do Estado no sector da Educação consiste na duplicação de salários ou pagamento de subsídios de horas extras a funcionários fantasmas.