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Directora de Turismo engana Governador

Ainda vai dar que falar a 3ª edição do festival de Zalala, que se realizou nos dias 6 e 7 de Novembro corrente. É que as falhas são demasiadas, embora alguns usem o provérbio segundo o qual “há falhas onde se trabalha”, neste caso, este provérbio não tem enquadramento.

 

 

Há barulho de todo lado, principalmente na parte dos músicos, que eram os grandes protagonistas do festival. Já se sabia de antemão que haveriam músicos vindos de fora da província, tal foi o caso dos Massukos de Niassa e os músicos Zico e Júlia Duarte, estes últimos sob égide da empresa de telefonia móvel, vodacom.

No programa em nosso poder, não mostra há que horas estes dois últimos músicos iriam actuar, dai que muitos fãs ficaram desiludidos com o festival.

O Zico e a Júlia, não actuaram no festival, os motivos foram explicados pelos próprios em exclusivo ao Diário da Zambézia, via telefone, na tarde desta segunda-feira.

Vamos aos casos na manhã desta segunda-feira, o Governo da Zambézia, reunido em mais uma Sessão Ordinária, alargada aos administradores distritais, analisou as incidências do festival de Zalala.

A directora provincial de Turismo na Zambézia, Fátima Romero, de boca cheia, disse aos presentes que o Zico e a Júlia Duarte, não cantaram por falta de segurança no local. Segundo ainda a directora, os dois músicos nem sequer se fizeram ao palco.

Os presentes na Sessão do Governo, que mal acompanharam o que foi o festival, incluindo o próprio Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, deploraram a atitude dos músicos, chegando mesmo o Governador Itai a dizer que os músicos faltaram respeito ao público presente.

Só que indo no concreto as afirmações da directora provincial de Turismo, pode ver claramente que ela, enganou os presentes incluindo o próprio governador.

Porque, no plano de actuação dos músicos, não vem o nome dos dois artistas, isto por um lado. Por outro é que Fátima Romero, escondeu o verdadeiro caos que se vive (u), neste festival de Zalala.

E o que dizem os músicos?

“Não fomos culpados pela desorganização do festival, por isso, o que dizem que exigimos segurança é mentira, estávamos prontos para actuar, só que alguém não quis” – opiniões unânimes do Zico e da Júlia Duarte, contactados ao telefone pelo nosso jornal.

Por volta das 13horas desta segunda-feira, contactamos o artista Zico, que amavelmente nos atendeu. Logo que abordamos o assunto da não actuação dele (s), no festival de Zalala, por alegadas questões de segurança, este disse não ser verdade.

“Estivemos na praia das 22horas até as 5horas da manhã. Este período todo, fomos perguntando há que horas cantamos, mas ninguém dizia nada”- disse Zico, para depois acrescentar que “queriam que eu cantasse as 5horas, dai que sugeri que não era possível, visto que tinha que viajar logo as 15horas” – lamentou o artista.

Num outro desenvolvimento, Zico sublinhou que as pessoas que estiveram em frente do festival, não querem falar as verdadeiras motivações que ditaram a não actuação do Zico e da Júlia, dai que procuram encontrar culpados.

Já a cantora Júlia Duarte que falou ao nosso jornal por volta das 14horas de segunda-feira, começou por lamentar a forma como este festival foi organizado.

Julia, disse que não actuou simplesmente porque as pessoas que tratavam destas questões não quiseram. “Eu subi ao palco, mas depois alguém me disse para que descesse porque a minha actuação seria para três horas depois” – disse a fonte.

Num outro desenvolvimento, aquela cantora disse também que na viagem encontrou-se com a Secretária Permanente Provincial que lhe assegurou que alguém iria lhe trazer o programa.

“Fiquei no hotel, dai ligou-me um senhor de nome Aly Aboo Bacar garantindo que traria o programa. Esperei, esperei, nada, até sair a Zalala, não tinha recebido o programa”- lamentou Júlia.

Mas então, não foi por falta de segurança questionamos a artista. “Não, ate que tive dois agentes da polícia que me acompanharam ao palco, por isso não se pode inventar este motivo”-disse a cantora. Da Júlia, ficamos a saber que afinal, ela veio como patrocino exclusivo do jovem Dinho Puro, dai que todas despesas estavam ao seu encargo. O governo apenas iria dar transporte.

“Chegamos em Zalala, comemos numa barraca, graças ao director regional da Vodacom, porque no sítio onde fomos primeiro, disseram-nos que o Turismo não havia dado informação”-fim de citação.

A fonte lamenta a atitude das pessoas que estiveram enfrente do festival. Para ela, estas pessoas só mancham o bom nome da província.

Músicos locais ainda não foram pagos na totalidade

Enquanto não se apura de quem é a culpa da não actuação do Zico e da Júlia, há outra dor de cabeça para os músicos locais. Ainda não foi paga a segunda prestação do cache prometido.

Tudo porque segundo alguns músicos, alega-se que o valor ainda não foi transferido para as contas da Direcção Provincial de Turismo da Zambézia. Isto segundo os lesados, lembralhes o que aconteceu nos festivais passados. Sempre que termina o evento, há problemas sérios para se efectuar o pagamento.

“Não é primeiro e nem o segundo caso, sempre é assim, quando o festival termina, já ninguém nos olha”- lamentam os músicos. Nisto tudo, eles tem onde atirar a culpa.

A Associação dos Músicos é culpada e está preocupada apenas aos interesses de alguns. No meio disto há uma pergunta que fazemos: Para quem recai a culpa desta desorganização toda do festival?

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