Três professores que leccionavam as disciplinas de Matemática, Português e Química na Escola Secundária de Namialo, no posto administrativo com o mesmo nome, na província de Nampula, foram suspensos em Outubro passado pela dirigente daquele estabelecimento de ensino, Julieta Marcelino, alegadamente por terem exigido explicações sobre a aplicação dos fundos de Apoio Directo às Escolas alocados, anualmente, pelo Ministério da Educação.
Os professores, que pediram para que os seus nomes não sejam citados, contaram-nos que Julieta Marcelino afectou na Escola Secundária de Namialo um grupo de familiares que promovem desmandos. Há desentendimento e descontentamento no seio dos docentes devido à forma como a escola gerida, pois há nepotismo à mistura.
O esposo da directora desempenha funções de director adjunto pedagógico para o segundo ciclo e o seu irmão mais novo ocupa o cargo de director adjunto pedagógico do primeiro ciclo. Esta situação é do conhecimento do director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologias de Meconta, que, perante um acto flagrante de nepotismo, continua sem fazer nada. Aliás, os três directores da Escola Secundária de Namialo consideram que o estabelecimento de ensino é propriedade deles.
Contactada telefonicamente para se pronunciar sobre as reclamações dos pedagogos, Julieta Marcelino confirmou a suspensão dos visados, mas a confusão instalada naquela escola afirmando que não se trata de suspensão, mas sim de férias.
“Todo o funcionário tem o direito a férias no fim de cada ano. Dispensei estes três professores porque tenho uma equipa suficiente para garantir o funcionamento da escola”, justificou.
Neste momento, para controlar os exames finais da 10ª e 12ª classes, a direcção da escola criou duas comissões de trabalho, sendo que à primeira coube a responsabilidade de controlar e corrigir as provas, porquanto os outros irão controlar a segunda época, altura em que, talvez, os três professores ora dispensados serão integrados.
