O director do hospital provincial de Chimoio, Fernando Mussalafo, está a ser acusado por uma funcionária pública de a ter fisicamente agredido em pleno período de trabalho, no seu sector, na farmácia do hospital onde Mussalafo é director.
Segundo o jornal Canalmoz, tudo aconteceu quando aquele director enviou para a farmácia, sem receita médica, um dos seus amigos, para ir buscar, e não comprar, medicamentos farmacêuticos (Coartem), um antimalárico. A funcionária vendo que não podia entregar os medicamentos, enviou de volta o cidadão ao gabinete do director. Este não gostou da atitude da farmacêutica e decidiu ir pessoalmente à farmácia buscar os medicamentos. Quando lá chegou, o director terá revistado a bolsa pessoal da farmacêutica, tendo-a agredido fisicamente dentro da farmácia, contou a funcionária queixosa.
Contactado o director do Hospital Provincial de Chimoio, Fernando Mussalafo, este confirmou a ocorrência, mas alega que foi um mal entendido por parte da funcionária. Recusou-se a admitir que a possa ter agredido. “Sim, revistei a bolsa dela devido a recorrentes desaparecimentos de medicamentos naquele sector. Ela era uma das suspeitas e naquele dia eu quis ver de perto ”, disse Mussalafo ao Canalmoz.
Questionado se era ético o director do hospital revistar uma funcionária ao invés de ser um segurança ou outro funcionário igual este respondeu que “não se tratava de revistar, mas, sim, de confirmar a existência de medicamentos na sua bolsa”. O que se anda a dizer agora “é uma maneira desta funcionária querer difamar-me”, concluiu.
Entretanto a Polícia da República de Moçambique, na pessoa do seu porta-voz provincial, Belmiro Mutandiua, confirmou o caso avançando que foi registada a entrada de queixa da funcionária, “mas não se sabe se é o respectivo director ou um outro funcionário. Se tal for confirmado, a lei será aplicada com isenção e sem olhar para a categoria ou cargo de chefia”, garantiu o agente da Polícia. O caso já foi encaminhado à direcção provincial de Saúde de Manica. Está em curso uma queixa-crime contra o director do hospital.