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Direcção do Maxaquene demissionária

Está instalada a crise no Clube dos Desportos da Maxaquene, equipa que recentemente sagrou-se campeã nacional de futebol, Moçambola 2012. Não obstante o feito, depois de um jejum de nove anos, José Salomone Cossa, presidente do clube, manifestou a sua intenção de demitir-se do cargo.

Todavia, ainda aguarda que a Assembleia-Geral se manifeste a esse respeito. A partir do momento em que o Maxaquene tornou-se campeão nacional, o ambiente interno do clube passou de união a conturbado, diga-se, de cortar à faca.

O divisionismo voltou a ganhar campo. A direcção ficou praticamente isolada e alguns dos sócios mostraram-se inaptos de continuar a dar o seu apoio financeiro.

Consta também que os cofres do Maxaquene estão a soluçar de crise, esta que caso não seja contornada pode enfraquecer, por completo, aquele clube, o que se repercutirá na próxima temporada futebolística.

Ao que parece, são estas situações que motivar José Salomone Cossa a manifestar, no início desta semana, em carta dirigida ao presidente da Mesa da Assembleia-Geral e aos conselhos Fiscal e Consultivo do clube, a sua vontade de colocar o cargo que ocupa desde 2009 à disposição.

Por uma questão de lógica, a sua vontade encontra, por tabela todo, o seu elenco que deverá também demitir-se. Tentativas de ouvir o presidente demissionário redundaram num fracasso por alegada indisponibilidade, justificada com o seu débil estado de saúde.

Os factos e a crise do Maxaquene

José Salomone Cossa e o seu elenco directivo já haviam perdido a legitimidade de direcção perante Imtiaz Amuji, um sócio sobejamente conhecido por ser um dos grandes patrocinadores daquele clube.

Outrossim, assumia, por vezes, funções que só à direcção cabiam, as quais a mesma não cumpria por limitações financeiras e, às vezes, até de liderança, como foi o caso de alguns prémios de jogo ao longo da recém-terminada edição do Moçambola 2012, bem como as excursões dos adeptos que acompanhavam a equipa e as próprias faixas de campeão que recebeu em Vilankulo no último dia do campeonato.

Aliás, é do conhecimento do @Verdade que pese embora o Maxaquene se tenha sagrado campeão há sensivelmente um mês, os seus jogadores e a equipa técnica continuam sem o prémio. Mas há promessas de o mesmo ser entregue em Março do próximo ano.

Não só, até ao presente momento, também por falta de dinheiro, e aliado ao facto de alguns patrocinadores – como Imtiaz – terem fechado as torneiras em contestação da continuidade da direcção de Salomone Cossa, cerca de doze jogadores não renovaram ainda os seus contratos com o clube, factores estes que coloca(va)m a direcção demissionária contra a parede.

E mais, é sabido que a saída de Cossa é para o bem do clube visto que o Maxaquene vai brevemente representar Moçambique nas afrotaças, ao que sem ele, todas as limitações financeiras serão resolvidas.

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