O parlamento da Dinamarca aprovou nesta terça-feira por uma estreita maioria a adoção de crianças, tanto dinamarquesas quanto estrangeiras, por casais homossexuais, anunciou uma fonte do Legislativo.
O projeto de lei, apresentado pelo deputado Simon Emil Ammitzboell, foi aprovado por 62 votos a 53.
O governo liberal conservador e seu aliado no parlamento, o Partido do Povo Dinamarquês (extrema direita) se opuseram ao projeto.
Os liberais, no entanto, deram liberdade de voto a sua bancada, e alguns de seus deputados votaram contra. “É um grande passo. Cai assim um dos últimos obstáculos no caminho da igualdade entre casais homossexuais e heterossexuais”, declarou à AFP Ammitzboell, dizendo-se esperançoso de que “num futuro não muito distante, a Dinamarca autorize os homossexuais a se casar na igreja”.
A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a autorizar o matrimônio civil entre casais do mesmo sexo, em 1989, concedendo os mesmos direitos outorgados aos homossexuais, exceto no que diz respeito ao uso da inseminação artificial e da adoção.
O ministro da Justiça, o conservador Brian Mikkelsen, afirmou que a lei aprovada nesta terça-feira é “simbólica e sem sentido”, porque nenhum dos países com os quais as agências dinamarquesas de adoção trabalham vai querer autorizar a adoção de crianças por casais homossexuais, opinião rejeitada pela oposição.