O conceituado músico moçambicano Dilon Ndjindji pretende, caso tenha patrocínio, realizar nos próximos dias uma digressão pelo distrito de Marracuene alusiva ao seu aniversário. O artista completa, nesta quinta-feira (14), 87 anos de idade, dois quais 71 foram entregues a música.
Em conversa com o @Verdade, Dilon disse não ter meios para a realização dessa tournée, mas o mesmo vem aproposito da gratidão que quer endereçar aos residentes de Marracuene e não só, pela companhia e pela força dispensada durante a sua vida.
Para além da singela homenagem aos moradores de Marracuene, incluindo os residentes dos bairros de Matalana, de Michafutene, de Thaula, de Macanete e de outras localidades, o propósito do passeio é de corrigir as insatisfações provocadas pelo adiamento, no ano transacto, da “Digressão Marrabenta”, que passaria pelas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Sofala e Tete. A prorrogação dessa tournée deveu-se, até certo ponto, a falta de patrocínio.
E, devido à várias dificuldades existentes no mundo das artes que, de uma ou de outra forma, ofuscam os sonhos dos artistas, Dilon receia que tudo passe de uma pura ilusão. Mas, caso aconteça, o evento culminará com o lançamento da primeira pedra do Centro Cultural Dilon Ndjindji, a ser construído na sua terra natal – Marracuene. Trata-se de um clube, segundo conta, que compreenderá uma escola de música, estúdio de gravação, galeria de diversas artes, biblioteca, e mais.
Dilon Ndjindji sonha. Embora com medo de que tudo seja inalcançado, o artista gostaria de, tarde ou cedo, criar uma organização que sirva para a preservação da cultura moçambicana.