A Polícia de elite e de investigação criminal, Hawks, está a investigar as alegações de corrupção levantadas pela Aliança Democrática (DA), a maior força da oposição, contra a antiga ministra da Comunicação, Diana Pule.
O porta-voz desta unidade, o capitão Paul Ramaloko, confirmou que o caso foi apresentado na Cadeia Central de Western Cape, mas que agora se encontrava nas mãos do Hawks e a receber a devida atenção. “Iniciámos as investigações recentemente, daí que não temos a liberdade de avançar com detalhes em torno do assunto. Talvez possamos pronunciar-nos daqui a dois ou três meses. É bem possível que até lá tenhamos os dados”.
Em Maio último, a DA submeteu uma petição perante a Cadeia Central na Cidade do Cabo sugerindo a abertura de um processo-crime contra quatro pessoas, nomeadamente Diana Pule, o seu suposto namorado, Phosane Mngqibisa, o suspenso director-geral das Finanças e a actual presidente da comissão de administração da rede de rádios e televisões públicas (SABC) Gugu Duda e Lulama Mokhoba, respectivamente.
Segundo o semanário The Times, que reportou os contornos do caso, Mngqibisa teria orquestrado a nomeação de amigos e familiares em organizações-chave do antigo ministério de Diana Pule. Nomakhaya Malebane, antiga conselheira e parceira de negócios de Gugu Duda, confidenciou ao Sunday Times que ela tinha sido nomeada a uma alta posição na SABC devido à sua amizade com Mngqibisa.
Malebane referiu ainda que a antiga ministra da Comunicação, Diana Pule, fez lobbies junto da administração para que se nomeasse Duda, apesar de o seu Curriculum Vitae ter dado entrada após a sua indicação.
Mngqibisa teria contribuído também para a nomeação de Lulama Makhoba, que faz parte da sua família, ao posto de presidente do conselho de administração da SABC.
Entretanto, a deputada Marian Shinn, da Aliança Democrática, afirmou no último domingo que o seu partido não estava satisfeito com os progressos das investigações em curso. “Eles não foram capazes de nos dar um informe adequado em torno do que foi feito desde que me informaram em Junho que o caso estava a ser seguido”.
Para ela, a incerteza e a falta de desenvolvimento devem-se à ausência de vontade e a interferências políticas.
Refira-se que no dia 9 de Julho, o Presidente Jacob Zuma exonerou Diana Pule do cargo de ministra da Comunicação ao longo das mudanças no seu gabinete, e para o seu lugar colocou o antigo vice-ministro da Cooperação Governamental e dos Assuntos Tradicionais, Yunus Carim.