Depois de acordarem a presença de observadores internacionais no processo de cessação de confrontos armados, as delegações do Governo e da Renamo, em diálogo político, divergem, agora, quanto ao período de permanência destes em Moçambique.
A delegação da Renamo propõe um período de 180 dias, ou seja, seis meses e a do Governo defende que 90 para a vigência da missão de observação.
“Não chegámos a acordo em relação ao tempo. Nós defendemos que, no mínimo, os observadores têm que estar aqui em Moçambique durante 180 dias, tendo em conta que a sua tarefa não é só a supervisão do cessar-fogo, mas também vão estar connosco a trabalhar os passos subsequentes”, disse o chefe da equipa da Renamo, Saimone Macuiane.
Já o Chefe da delegação governamental, José Pacheco, entende que tendo em conta a tarefa a ser desempenhada pelos observadores internacionais, o prazo proposto pela sua contraarte é muito longo.
“Os observadores internacionais vêm apenas para observar a cessação de hostilidades militares, a desmilitarização e uma terceira tarefa é observar o início do processo de reintegração social e económico de homens da Renamo desmilitarizados”, afirmou, justificando a razão dos 90 dias propostos pelo Governo. Assim, acrescentou, “estamos ainda a ver qual é o prazo mais adequado e mais realístico”.
Entretanto, as partes não concluíram também a matéria sobre as tarefas a serem desempenhadas pelos observadores.