Dezoito pessoas morreram e 39 contraíram vários ferimentos, sete das quais em estado graves, em consequência de 22 acidentes de viação, na sua maioria do tipo atropelamentos, registados de 16 a 22 de Janeiro corrente em algumas estradas do território moçambicano.
O número de óbitos baixou oito vezes comparativamente aos 26 registados de 09 a 15 do mesmo mês. Porém, houve dois atropelamentos a mais, na medida em que passaram de 14 para 16, o que para as autoridades policiais “impõe o desafio de intensificar a educação cívica”, uma vez que se está nas vésperas do início do ano lectivo, altura em que haverá uma grande movimentação de alunos, particularmente de crianças, segundo Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Esta situação leva ainda a que as campanhas de sensibilização para a observância das regras de trânsito – as quais não surtem efeitos desejados – incidam mais sobre os condutores e transeuntes das ruas e avenidas que dão acesso aos estabelecimentos de ensino e outros locais de maior movimentação no sentido de evitar dissabores.
As vítimas estão a ser arrastadas pelos carros na via pública. Na semana em análise, dos 16 atropelamentos, oito foram causados por excesso de velocidade, sete por má travessia de peões e um caso por cruzamento irregular, disse o agente da Lei e Ordem, tendo acrescentado que as estradas nacionais número um (EN1) e seis (EN6) e a Circular de Maputo foram os lugares onde se registou o grosso dos sinistros.
Neste último troço os acidentes/atropelamentos têm sido constantes e “é preocupante que quanto mais as estradas estejam em boas condições de transitabilidade haja mais acidentes”. Os limites de velocidade são desrespeitados.
No que aos óbitos diz respeito em virtude deste mal, em igual período do ano passado houve 26 mortes, 33 feridos graves e 36 ligeiros por contra de 44 sinistros rodoviários.
Ainda na semana finda, a Polícia de Trânsito (PT) fiscalizou 42.418 viaturas, das quais 52 foram apreendidas por diversas irregularidades, 6.415 multas impostas e 76 cartas de condução e 24 livretes confiscados, de acordo com Inácio Dina.
A PRM deteve 2.816 indivíduos, dos quais 23 por condução ilegal, 2.694 por violação de fronteiras e 122 por prática de vários crimes.