Quatro indivíduos estão a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo, acusados de tentativa de venda de pontas de marfim e seus derivados e garras de leão.
Os iniciados encontram-se presos na 3a esquadra da Polícia. Esta disse que os supostos traficantes de produtos faunísticos foram surpreendidos a tentar vender 14 pontas de marfim bruto de diferentes tamanhos, garras de leão e bijuteria feita com base em pontas de elefantes.
Não se sabe qual é a proveniência do produto e os cidadãos acusados negam o seu envolvimento no crime de que são indiciados. Um dos indivíduos disse que a sua detenção resultou do facto de ter visto um cidadão, alegadamente a monte, a conversar, via WhatsApp, com um cidadão de nacionalidade chinesa, suposto comprador.
Por sua vez, a instituição que garante a segurança e a ordem públicas e combate infracções à lei disse que os marfim encontrados correspondem, aparentemente, a sete elefantes abatidos. O trabalho em curso, neste momento, visa apurar em que parte do país ocorreu a caça de tais animais.
Refira-se que, Carlos Pereira, director de Protecção e Fiscalização na Administração Nacional de Áreas de Conservação (ANAC), disse esta semana, em Maputo, que o efectivo de fiscais com vista a conter o abate de espécies faunísticas em Moçambique está aquém das necessidades e dos desafios da caça furtiva, sobretudo porque os protagonista desde mal estão cada vez mais ousados.
Apesar dos avanços observáveis alcançados, de há tempos a esta parte, “ainda não conseguimos estabilizar e muito menos diminuir a incidência” da caça furtiva.
O país precisa de um efectivo de 2.300 novos fiscais nas áreas de conservação, contra os 624 existentes. Destes, 40 porcento carecem de reforma devido a vários motivos, tais como aptidão física e idade, de acordo com o dirigente. O almejado aumento de fiscais é impossível, por enquanto, por causa da falta de dinheiro.