A Direcção de Educação da cidade de Nampula, capital da província que ostenta o mesmo nome, acaba de detectar um total de 200 professores excedentários que, aparentemente, terão conseguido as suas colocações através de esquemas fraudulentos.
O governador de Nampula, Felismino Tocoli, é citado pelo jornal “Notícias”, na sua edição desta Terça-feira, afirmando que os mesmos serão distribuídos pelas várias escolas dos distritos da província, onde justifica-se a sua presença.
“São professores excedentários que não tinham turmas que justificassem a sua permanência na cidade de Nampula, todos eles não tinham os 24 tempos semanais de aulas exigidos por lei”, explicou Tocoli.
Fernão Cacecasse, porta-voz da Direcção Provincial da Educação garantiu que as ordens emanadas, para o envio dos referidos professores para os distritos, serão cumpridas.
Importa recordar que, ano passado, a província de Nampula foi abalada por uma situação de desvio de fundos do Estado com destaque no sector da Educação, através de pagamento de horas extraordinárias a professores que nem carga horária conseguiam completar por falta de turmas para o efeito.
Num outro desenvolvimento, alguns funcionários afectos aos serviços administrativos nas escolas da cidade de Nampula viram os seus vínculos abruptamente cortados devido à falta de visto de nomeação pelo Tribunal Administrativo.
A medida é considerada descabida por abranger pessoas que vinham recebendo os seus vencimentos na base do Orçamento Geral de Estado, há mais de cinco anos.