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Desvios de fundos do Estado leva à prisão de funcionários na Zambézia

O ex-director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, na província da Zambézia, Marcelo Chaquisse, foi recolhido ao calabouços, nesta quarta-feira (12), acusado de desvio de dois milhões de meticais destinados ao cultivo de campos agrícolas no distrito de Nicoadala.

Antes da sua detenção, Marcelo Chaquisse foi demitido, em Junho último, do cargo que ocupava, supostamente por gestão danosa do erário. Em conexão com o mesmo caso, foram encarcerados outros dois funcionários identificados pelos nomes de Hélder Vicente e Remigio Namariba.

O quarto elemento que está a ver o sol aos quadradinhos é Alfredo Ramos, presidente do Conselho Empresarial Provincial da Zambézia. Consta que é através dele que o dinheiro foi delapidado.

Os incriminados fazem parte de um grupo de sete funcionários, acusados de orquestrar o desvio de fundos do Estado naquele ponto do país. “Confirmou sete arguidos constituídos no processo 162/2017”, dos quais, finda a instrução preparatória, quatro foram detidos, segundo Miguel Cândido, procurador-chefe da Zambézia.

Todavia, os três funcionários escaparam da detenção, porque não há indícios do seu envolvimento no crime, justificou. Sobre os quatros detidos, pesam os crimes de peculato, abuso de cargo ou função e participação económica em negócios. Eles incorrem a uma pena de 16 anos de prisão maior, de acordo com Miguel Cândido. A sua prisão foi executada pelo Tribunal Judicial Provincial da Zambézia, após a solicitação do Ministério Público, que exige a responsabilização dos visados e devolução o dinheiro em causa.

“A principal preocupação é ver repostos os valores retirados dos cofres do Estado. O crime foi já cometido e deve ser julgado”.

Refira-se que é igualmente na Zambézia, onde o director provincial de Educação, Armindo Primeiro, é acusado do desvio de mais de 2.5 milhões de meticais destinados à reabilitação da Casa da Cultura no distrito de Chinde. A obra que nunca chegou a acontecer.

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