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Desporto d´Verdade: A derrota e não o empate… Um mal que veio por bem!

Ninguém diz aos seus jogadores, ao público e à Nação, que a Selecção Nacional deve perder. Ainda por cima diante de um colosso como a Nigéria, o que nos poderia conferir pontos para uma vertiginosa subida no “ranking” FIFA e no respeito do Continente e do Mundo. Feizal Sidat e Maart Nooj não o fi – zeram e, em algum momento, os moçambicanos roeram as unhas para que os briosos Mambas, ao invés de empatarem, deveriam perder. Mas a verdade, analisada em profundidade, mostra-nos que, posta de lado a possibilidade de ganharmos, o melhor, para nós, no quadro que se apresentava, era mesmo o de perder e não o de empatar a partida.

Vamos aos factos e às explicações:

Caso tivéssemos empatado

O Tunísia-Quénia já terminara com a vitória dos primeiros por 1-0, numa altura em que os Mambas estavam empatados sem golos com os nigerianos. Se as coisas tivessem ficado assim, o que aconteceria na ronda fi nal? Os tunisinos viriam a Maputo no dia 14 de Novembro relaxados, com a qualificação garantida e com margem para errar. Isso aumentaria o seu grau de perigosidade. Por seu turno, os nigerianos, uma vez arredados da possibilidade de irem ao Mundial e com os sete pontos que lhes garantiriam a qualificação ao CAN, (em causa apenas o 3.º ou 4.º lugar) apenas teriam que cumprir calendário em Nairobi, muito provavelmente não enviando as suas principais estrelas, para um jogo cuja vitória não os iria “aquecer nem arrefecer”.

Ao termos sido derrotados

Na Machava e em Nairobi, as quatro Selecções terão algo a dizer na última ronda. O Quénia depende de uma vitória sua e de um deslize de Moçambique, enquanto os Mambas dependem da sua vitória, podendo mesmo qualifi car-se caso percam e o mesmo aconteça ao quenianos. Isto porque as duas Selecções já só podem pensar no CAN. Com outro pensamento, a Tunísia não está ainda apurada para o Mundial, tendo a obrigação de no mínimo empatar no “inferno” da Machava.

Por seu turno, a Nigéria terá que ganhar em Nairobi e torcer para que Moçambique vença os tunisinos. Resumindo: A derrota, ao invés do empate, trouxe-nos duas vantagens claras: colocou pressão nos nigerianos para uma vitória que é como pão para a nossa boca e, seguramente, trará a Maputo uma Tunísia receosa e expectante porque obrigada a pontuar para, aí sim, ter acesso ao Campeonato do Mundo. Se nalguns casos se pode usar o ditado “há males que vêm por bem”, não há dúvida de que este é um deles. Afi nal, o país chora um tento sofrido no período de compensação o que, a não acontecer, poderia ter sido… um tiro no nosso próprio pé!

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