A ntigos guerrilheiros da RENAMO, movimento exbeligerante em Moçambique, iniciam na Quinta-feira uma nova acção de desestabilização do país, na sequência dos resultados preliminares das eleições da passada Quarta-feira.
Os homens daquela formação política que, no passado Sábado, se reuniram na sua delegação da cidade de Nampula, deram o prazo de três dias ( a contar de hoje, segunda-feira) ao governo do dia para decidir sobre a possibilidade de adiamento das eleições presidenciais, legislativas e para assembleias provinciais. Em declarações à imprensa, os visados escusaram-se, entretanto, a entrar em promenores, limitando-se a afirmar que vão desencadear uma rebelião contra o governo da Frelimo pela alegada manipulação do processo eleitoral.
Exigem, igualmente, a deisolução do Secretariado Técnico de Administraçao Eleitoral por, alegadamente, estar a defender os interesses do partido Frelimo. Os antigos combatentes da Renamo justificam a intenção em virtude de, segundo suas afirmações, grande parte dos eleitores da província de Nampula não ter podido exercer o seu direito cívico pelo facto dos seus nomes não constarem dos cadernos eleitorais.
Acusam ainda o seu lider, Afonso Dhlakama de “muito democrata” e estar “a comer com a Frelimo”. Não nos importa se Dhlakama está interessado ou não na manifestação popular que pretendemos levar a efeito. Este ano ele não nos vai convencer como tem vindo a fazer. Disseram alguns antigos combatentes, alguns dos quais provenientes das antigas bases da Renamo, que reiteraram a sua determinação em morrer, se necessário, pela causa do povo.
O porta-voz daquele partido em Nampula, Arnaldo Chalua, disse que se trata de uma decisão de âmbito provincial, mas que poderá vir a ser replicada nas restantes regiões do país.