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Desconhecidos exumam cadáver de albino e extraem ossos em Mogovolas

Um túmulo onde estavam enterrados os restos mortais de um cidadão com problemas de pigmentação da pele foi vandalizado por indivíduos ainda desconhecidos, os quais extraíram também as ossadas para fins não descortinados, na passada sexta-feira (29), no distrito de Mogovolas, província de Nampula.

O caso deu-se no bairro de Nacua, no posto administrativo de Loluti e a vítima respondia pelo nome de Arino Vasco Mutepa. As ossadas foram achadas na campa profanada, alegadamente abandonadas pelos malfeitores quando se aperceberam da presença de uma equipa policial, durante o patrulhamento, e até segunda-feira (01) encontravam-se nas mãos da Polícia da República de Moçambique (PRM), para serem entregues aos familiares.

A Polícia suspeita que se tratou de um acto para fins supersticiosos. João de Deus, porta-voz substituto da PRM em Nampula, desconfia ainda que um dos parentes da vítima esteja envolvido no caso. Refira-se que o distrito de Mogovolas é dos que regista maior incidência de rapto e assassinato de pessoas com albinismo e profanação de túmulos.

Em conexão com este crime, dezenas de cidadãos estão privados de liberdade em diferentes pontos do país. Porém, até ao momento não se conhece nenhum caso julgado com vista ao esclarecimento do mal que ameaça a integridade de gente com a falta de pigmentação na pele, nos, olhos, nos cabelos e nos pêlos. Não se sabe, acima de tudo, quem são os mandantes.

O número 01 do artigo 263 do Código Penal moçambicano, no que tange ao desrespeito aos mortos, determina que “aquele que cometer violação de túmulos ou sepulturas, praticando antes ou depois da inumação quaisquer factos tendentes directamente a quebrar o respeito devido aos mortos, será condenado à pena de prisão até um ano e multa correspondente”.

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