As obras de construção de quatro importantes corredores rodoviários, totalizando 821 quilómetros de estradas, nas províncias de Gaza, Manica e Cabo Delgado, no sul, centro e norte de Moçambique, vão ganhar novo impulso depois de desbloqueadas as questões de carácter burocrático que impediam o desembolso dos fundos para o efeito.
As obras estão avaliadas em 14,4 mil milhões de meticais (cerca de 530 milhões de dólares), uma soma que corresponde a metade do orçamento do programa nacional de estradas para o corrente ano.
As obras contemplam os corredores (N221) Caniçado/Chicualacuala, em Gaza, com uma extensão de 322 quilómetros, N260 que liga Chimoio a Espungabera (215km), N380 que compreende 181 quilómetros, que parte de Mueda, atravessa Oasse/Mocímboa da Praia e Namoto e Macomia-Oasse (103km).
Com vista a impulsionar o curso da empreitada, o Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, encontra-se em Cabo Delgado desde a passada quinta-feira e, hoje, a sua agenda inclui uma visita ao projecto de reabilitação do troço Macomia/Oasse.
Nesta deslocação, Muthemba faz-se acompanhar pelo director-geral da ANE, Cecílio Grachane e pelo director nacional adjunto de Águas, Hélio Banze, segundo escreve o jornal “Notícias” na sua edição de Sábado.
Segundo uma fonte do Fundo de Estradas, citada pelo “Notícias”, já foi lançado o concurso, adjudicadas as obras. Enquanto isso, os empreiteiros já mobilizaram equipamento, e alguns já avançaram com intervenções de base, mas por razões burocráticas, as obras não chegaram a ganhar o ritmo que seria de desejar.
A referida fonte indicou que não se trata de problemas de falta de financiamento, mas sim de aspectos de ordem burocrática para o seu desembolso. As obras no seu conjunto são financiadas pelo Governo português e os contratos foram firmados no exercício financeiro do ano passado.
O acordo de financiamento assinado entre Moçambique e Portugal prevê a implementação de projectos de asfaltagem de raiz de estradas, com excepção de Macomia/Oasse que se trata apenas de uma reabilitação.
As intervenções em curso nas três províncias do país visam contribuir para o desenvolvimento de uma rede de infraestruturas rodoviárias seguras e competitivas, a melhoria das condições de transitabilidade da rede viária e o alargamento da cobertura geográfica, segundo afiançou Muthemba.