A Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique (DECOM) poderá processar judicialmente as companhias mCel e Vodacom, da telefonia móvel celular, por terem procedido à suspensão, durante alguns dias, dos serviços de mensagem (sms), dias depois das manifestações de 1 e 2 de Setembro que se registaram nas cidades de Maputo e Matola.
A revelação é de Mouzinho Nicols, presidente daquela agremiação, explicando, contudo, que a abertura do processo-crime só poderá ocorrer caso os cerca de 100 membros filiados na DECOM assim o manifestem.
Embora reconhecendo que a medida de suspensão dos serviços de mensagem da mCel e Vodacom tenham contribuído, em parte, para a restauração da ordem pública, Nicols entende, contudo, que a mesma medida governamental “limitou a liberdade de expressão e comunicação” dos moçambicanos.
Nicols acrescentou que a maioria dos utentes da mCel e Vodacom nem esteve envolvida nas manifestações, “mas por alguns dias ficou sem possibilidade de se comunicar”, através de envio e troca de mensagens, reiterando que entende que a medida visou “atenuar os ânimos levantados durante os dois dias de tumultos”.