Os altos preços de venda de terrenos para implantação de infra-estruturas industriais na cidade de Nacala-porto está a desencorajar a entrada de alguns investidores naquela região, considerada Zona Económica Especial.
O Concelho Municipal de Nacala, entidade que devia disciplinar o processo de gestão do solo urbano, evita envolver-se no assunto por, alegadamente, recear conotações de natureza política.
Palhotas e sepulturas, são as benfeitorias pelas quais os nacalanses mais dinheiro cobram, chegando a atingir a fasquia de 30 e 10 mil meticais, respectivamente.
De referir que, através da lei 3/93, de 24 de Junho, o governo de Moçambique criou a Zona Económica Especial de Nacala-porto e Franca industrial de Beluluane, esta última na província de Maputo.
O objectivo do governo é fazer com que Nacala-porto e Beluluane sejam zonas de implantação, reabilitação, expansão e modernização de infraestruturas económicas, capazes de melhorar a sua “performance” de renda, com vista à uma maior contribuição na balança de pagamento, bem como à redução ou substituição das importações.
A falta da intervenção do Estado no processo de venda e compra de terrenos em Nacala-porto, está a criar uma situação de autêntica anarquia, principalmente no que concerne à definição dos preços.
Consequentemente, pelo menos dois investidores, cuja identidade não nos foi facultada, desistiram de se instalar em Nacala-porto por considerarem excessivamente elevados os valores que lhes foram exigidos por determinadas indemnizações.