O agravamento constante de preços de bens alimentares e não alimentares que se tem registado desde o início de 2010 está a resultar em “mudanças drásticas” no custo da cesta básica, segundo reconhece o Ministério da Agricultura (MINAG). Resultados de investigações do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) do MINA indicam que, no distrito de Chókwè, por exemplo, o custo da cesta básica aumentou em 12%, contra 7%, em Mabalane, 6%, em Chicualacuala, província de Gaza, e 9%, no distrito de Magude, província de Maputo. Naquelas regiões, as famílias locais gastaram acima de 2500 meticais/mês, visando garantir as suas necessidades calóricas.
No Centro de Moçambique, o custo da cesta básica subiu em 12%, no distrito de Búzi, em Sofala, e em 9%, no distrito de Manica, “situandose acima dos três mil meticais/ mês”, destaca o SIMA, esclarecendo que a procura de produtos básicos por cidadãos do Zimbabué, através da fronteira de Machipanda, é um dos factores que, em certa medida, contribuiu para a subida de preços naquela região da província central de Manica.
O agravamento dos preços ocorre desde o produtor até ao consumidor de alguns produtos, segundo realça o SIMA que, juntamente com o Programa Mundial de Alimentação (PMA), tem vindo a monitorar a dinâmica dos mercados nos distritos que estão numa situação pouco clara sobre as tendências em termos de preços, bem como de oferta de produtos.
Refira-se, entretanto, que a cesta básica é determinada para uma família de cinco pessoas consumindo cada indivíduo o correspondente a 2100 calorias/dia e inclui arroz, farinha de milho, feijão seco, amendoim, óleo, açúcar, sal e peixe fresco.