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CTA pede financiamentos inéditos para alavancar sector produtivo em Moçambique

CTA pede financiamentos inéditos para alavancar sector produtivo em Moçambique

Foto da CTAA Confederação das Associações Económicas (CTA) pediu nesta sexta-feira (17) linhas de financiamento de desenvolvimento, com períodos de graça no mínimo de 18 meses e maturidade acima de 5 anos, e taxas de juro abaixo de dois dígitos” para alavancar sector produtivo e impulsionar o crescimento económico em Moçambique.

Reagindo ao discurso proferido por Filipe Nyusi após a sua investidura para um 2º mandato como Presidente da República a CTA “apreciou, positivamente, a visão nele contido” no entanto deixou uma lista de desejos específicos para alavancarem a actividade do sector privado.

“Na abordagem de melhoria do acesso ao financiamento para o sector produtivo, a CTA comunga com a necessidade da criação de uma Instituição Financeira de Desenvolvimento virada para viabilizar negócios nos sectores produtivos e não apenas para financiamento. Por isso, será importante olhar e avaliar o papel das instituições já existentes com papel similar, para evitar a duplicação de esforços e dispersão de recursos. No que respeita ao financiamento, os sectores produtivos precisam de linhas de financiamento de desenvolvimento, com períodos de graça no mínimo de 18 meses e maturidade acima de 5 anos e taxas de juro abaixo de dois dígitos, algo que o mercado nunca dispôs. Este novo mecanismo ou instrumento projectado, para lograr as devidas expectativas, deverá responder a estas características”, afirmou Álvaro Massinga.

O vice-presidente da CTA detalhou a jornalistas o que é preciso para que através da agricultura se combata a pobreza: “a atenção especial deverá ser dada à gestão de todo o processo logístico dos insumos para a agricultura que tem afectado grandemente a sua produtividade. Por outro lado, é importante que, gradualmente, a despesa de investimentos no sector seja descentralizada. Aqui, sendo a agricultura uma prioridade constitucional, vale a pena avaliar a possibilidade de criação de uma ONE STOP SHOP só para a agricultura, reduzindo o impacto negativo da complexidade de acesso à terra, financiamentos e autorizações de importação e manuseamento de insumos. É certo que os 10% do Orçamento do Estado para agricultura são importantes, mas o desenvolvimento deste sector basilar não deve ser, apenas, papel do Ministério da Agricultura”.

A Confederação das Associações Económicas pediu “incentivo às empresas empregadoras e que abrem novas oportunidades de emprego”e demandou, especificamente, incentivos “às empresas que, na prossecução da sua actividade produtiva, têm investido ou que pretendam investir na expansão da rede eléctrica”.

“Permanece o desafio da reposição da taxa reduzida do IRPC para a agricultura, bem como da aprovação de uma lei de Conteúdo Nacional. A CTA, igualmente, defende uma maior previsibilidade do processo legislativo em Moçambique, pelo que defende a introdução de normas específicas que vão regular todo o processo de consulta pública na elaboração de leis, tornando o processo previsível e inclusivo”, anotou ainda Álvaro Massinga.

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