Crianças da Organização Continuadores de Moç ambique exigiram, esta Quinta-feira, a punição exemplar de todos aqueles que violam sexualmente, mutilam, traficam e matam crianças no país.
Numa mensagem apresentada ao estadista moçambicano, Armando Guebuza, durante a cerimónia de abertura da IV Conferência Nacional da Organização, que decorre de Quinta a Sexta-feira, na cidade da Matola, as crianças exigiram ainda a publicação de todas as penalizações como forma de desencorajar os prevaricadores.
As crianças também repudiaram o abate desordenado e exportação ilegal da madeira, numa altura em que muitas delas recebem aulas sentadas no chão, devido a falta de carteiras nas escolas.
“Cada titío que corta a madeira deve se prontificar em oferecer pelo menos uma carteira”, afirmaram, numa mensagem apresentada por várias crianças e em forma de poema.
As “flores que nunca murcham”, como são apelidadas as crianças moçambicanas, pediram ainda o alargamento da rede escolar, afirmando que “muitas de nós estudamos a noite porque de dia não encontramos vaga”.
Elas entendem que não faz sentido que com tenra idade sejam matriculadas no curso nocturno. Participam no evento cerca de 150 delegados e várias dezenas de convidados. Esta organização foi fundada em 1985.