Uma petiza que responde pelo nome de Sara Júlio, de apenas três anos de idade, está fora do convívio familiar desde a última segunda-feira (04). Supõe-se que ela tenha sido sequestrada na casa dos seus parentes, no bairro de Muhala Expansão, na cidade de Nampula, por uma cidadã ainda monte.
A ocorrência deu-se por volta das 9h00. Para lograr os seus intentos, a suposta raptora aproveitou-se da ausência dos pais da miúda. O chefe da família, Graciano Piano, estava a trabalhar e a mãe da vítima, Teresa Panda, acompanhara a filha mais nova ao peso numa unidade sanitária local.
Em declarações ao @Verdade, Graciano Piano disse que não sabe como a miúda desapareceu de casa, mas segundo uma vizinha, uma senhora desconhecida esteve no quintal a brincar com a criança e outro grupo de miúdas. As pessoas pensaram que ela fosse uma parente.
Na ocasião, a aludida idosa mandou a menina mais velha, a de seis anos de idade, para dirigir-se ao mercado mais próximo supostamente para comprar bolachas, tendo a petiza recusado. Para alcançar o seu plano, a cidadã foi pessoalmente adquirir as bolachas e distribuiu-as pelo grupo.
De acordo com o nosso entrevistado, a senhora ainda teve tempo de dar banho à menor e, em seguida, levou-a ao colo com recurso a uma capulana que se encontrava no estendal e desapareceu sem deixar rastos.
Piano tomou conhecimento do desaparecimento da menina por volta das 13h00 e comunicou o facto à 2ª esquadra da Polícia mas foi ignorado. “Lamento por ter sido muito mal atendido na esquadra. O oficial dia mandou passear a minha denuncia”.
Teresa Panda, mãe da vítima, disse também estar indignada pelo facto de a sua vizinha ter assistido a situação sem tomar nenhuma medida para evitar que a filha desaparecesse de casa. Na sua opinião, a vizinha podia ter telefonado para um dos pais da menor e informar sobre o que se passava.
À nossa Reportagem, João de Deus, porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, confirmou o acontecimento e, por sua vez, deplorou o facto de a vizinha que assistiu ao caso não ter feito nada.
Para justificar o desleixo de que o pai de Sara se queixa por parte dos agente da Lei e Ordem, João de Deus disse que Piano informou que a miúda tinha desaparecido e não raptada. Por isso, não houve nenhuma diligência. “Na quarta-feira (06) é que soubemos que se tratou de um sequestro” e já foram accionados mecanismos para se apurar o paradeiro da criança e neutralização a presumível sequestradora.