Foi lançada na quinta-feira, 20 de Fevereiro, a Associação das Fintechs de Moçambique (Fintech.MZ), uma agremiação que pretende ser um interlocutor válido na sociedade, no que diz respeito à inovação tecnológica dos serviços financeiros e de seguros.
A criação da Fintech.MZ, que conta com o apoio do Banco de Moçambique, da FSD Moçambique e do Standard Bank, visa aglutinar num único movimento todas as empresas e startups que se dedicam à inovação tecnológica, criando soluções de pagamento para a banca e seguros.
Conforme explicou o respectivo presidente, João Gaspar, a associacão surge para cobrir um vazio pois não havia, no mercado, uma agremiação que estivesse focada especificamente no sector da inovação tecnológica dos serviços financeiros. É nesse âmbito que foi criada a Fintech.MZ, que é, na verdade, uma organização que está para defender os seus membros e representá-los no mercado (bancos, operadoras móveis e seguradoras) e perante o regulador (Banco de Moçambique).
O presidente da Fintech.MZ aproveitou a ocasião para falar dos actuais desafios do sector, que estão ligados à falta de sustentabilidade financeira, de infraestruturas de transporte e de telecomunicações, bem como à burocracia que se verifica na criação das fintechs. “A falta deste infraestruturas, por exemplo, faz com que muitas empresas estejam focadas nas zonas urbanas”.
Para o Standard Bank, uma instituição que tem dado um enorme contributo ao fomento deste segmento de empresas, através da sua Incubadora de Negócios, inaugurada em Agosto de 2017, as fintechs desempenham um papel de extrema importância na inclusão financeira da população, principalmente nas zonas mais recônditas do País, daí a necessidade de merecerem maior atenção por parte de todos os intervenientes da sociedade.
Aliás, o Standard Bank tem-se posicionado no mercado como o banco que mais aposta na digitalização dos seus serviços, tendo, inclusive, lançado, recentemente, um serviço de crédito instantâneo, o QuiQMola.
“O Standard Bank apoia todas as iniciativas que estão a contribuir para o crescimento e transformação do mercado financeiro, que resultam na criação de produtos e serviços inovadores. Somos um grande beneficiário das inovações que este sector está a registar”, sublinhou Cláudio Banze.
Por seu turno, Esselina Macome, directora executiva da FSD Moçambique, uma das organizações que têm recorrido às fintechs para promover a inclusão financeira da população, olha para o surgimento desta associação como um grande marco que vai contribuir para a criação de um ecossistema favorável à inovação tecnológica no País, particularmente no sector bancário e de seguros.
“As fintechs são parte do processo de inclusão financeira, por isso a FSD Moçambique tem promovido exposições e capacitações em serviços digitais. Levamos, igualmente, as nossas fintechs a eventos fora do País. Com orgulho, ganharam, nas duas últimas participações, prémios em congressos internacionais das comunicações”, revelou Esselina Macome.