A asfaltagem, este 2012, de três importantes rodovias, orçada em 10.238,5 milhões de meticais concedidos em forma de crédito por Portugal, saldar-se-á num incremento em 2,3% no crédito em operações financeiras activas em Moçambique.
Caniçado/Chicualacuala, na província meridional de Gaza, Chimoio/Espungabeira (Manica), no Centro, e Magige/Cuamba (Niassa), no Norte, são os itinerários que beneficiarão deste ambicioso projecto.
De acordo com uma fonte do Ministério das Finanças de Moçambique, no global, operações estão fixadas em 13.371,4 milhões de meticais, representando 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 0,9% de 2011.
Avança a mesma fonte que deste montante cerca de 10.238,5 milhões de meticais destinam-se às operações activas que consistem na comparticipação do Estado no capital social das empresas públicas e concessão de empréstimos de retrocessão às empresas com projectos de desenvolvimento das infraestruturas e neste caso concreto a Administração Nacional das Estradas (ANE).
O remanescente, estimado em cerca de 3131,9 milhões de meticais, constitui operações passivas para amortização dos empréstimos externos e internos.
Acordos de retrocessão
Os acordos de retrocessão constituem um tipo de empréstimos externos assumidos pelo Governo moçambicano e autorizados pelo Banco Mundial (BIRD) e Fundo Monetário Internacional (FMI) para empresas públicas envolvidas em projectos de desenvolvimento de infra-estruturas sociais de interesse público.
Para o presente ano estão ainda disponíveis cerca de 100 milhões de dólares norteamericanos para o Governo recorrer a eles apenas para empréstimos a empresas públicas com projectos de desenvolvimento de infra-estruturas sociais, segundo Victor Lledó, representante do FMI, em Moçambique.
