O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) exigiu das autoridades do Djibuti “a libertação imediata” de dois jornalistas, Kadar Abdi Ibrahim e Mohamed Ibrahim Waiss.
O CPJ indicou, num comunicado transmitido sábado último à PANA em Dakar, no Senegal, que Kadar Abdi e Ibrahim Waiss foram respetivamente detidos quinta e segunda-feira últimas e colocados em detenção sem acusação.
“Os jornalistas não deviam ser detidos por relatarem ou comentarem eventos conforme as suas compreensões, apesar de se afirmar que eles trabalham para publicações politicamente engajadas”, sublinhou a coordenadora do Programa do CPJ para África, Sue Valentine. “As autoridades do Djibuti devem dar as razões da sua detenção ou libertá-los imediatamente”, indicou.
Segundo o CPJ, Kadar Abdi Ibrahim, autor e co-director do jornal mensal « Aurore », foi detido em sua casa na quinta-feira. Aurore é uma publicação do partido da oposição do país, a União para a Salvação Nacional (UNS), e a Polícia suspendeu-a imediatamente após a última publicação do jornal.
O CPJ indicou que Mohame Ibrahim Waiss, jornalista da cadeia privada de rádio “la Voix de Djibuti”, foi preso segunda-feira à tarde em local secreto sem nenhum contacto com a sua família ou o seu advogado.
Waiss cobria uma pequena manifestação política em Balbala na altura da sua detenção. A organização para a protecção da liberdade da imprensa sublinhou que Waiss tinha sido anteriormente visado pelas autoridades que o detiveram quando ele cobria manifestações locais em 2014.