As potencialidades existentes nos cerca de três mil quilómetros da costa moçambicana contribuem com apenas cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, segundo fonte da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
Apesar de o mar desempenhar um papel de extrema importância, os seus recursos “não são suficientemente aproveitados para o desenvolvimento socioeconómico do país”, de acordo com António Matos, director de Património e Desenvolvimento Institucional da UEM, falando esta terça-feira à margem de uma conferência sobre o mar que termina esta quinta-feira em Maputo.
O maior aproveitamento das “vastas” potencialidades do Oceano Índico permitiriam que a sua contribuição no PIB atingisse entre 5% e 10%/ano, segundo ainda Matos, que é também docente da Faculdade de Engenharia da UEM.
A viabilização de mais investimentos de grande dimensão por multinacionais interessados em operar nos restantes países vizinhos da África Austral seria outro dos benefícios que Moçambique poderia conseguir “se apostasse ainda mais neste sector estratégico na economia mundial”, acrescentou o académico, falando ao jornal Correio da manhã à margem daquela conferência que tinha como principal convidado João Tasso Sousa, da Universidade do Porto, em Portugal.
O encontro foi co-organizado pela UEM e pela Ordem dos Engenheiros de Moçambique e visava debater temas como oportunidades de negócios e desafios tecnológicos do mar em Moçambique.
