A Costa do Marfim fechou sua fronteira com Gana na sexta-feira, depois que pelo menos dez pessoas foram mortas em ataques contra seus policiais e militares a partir de território ganense, disse o ministro do Interior do país. Os ataques ocorreram na noite de quinta-feira em Abidjã, maior cidade da Costa do Marfim, e na madrugada de sexta em uma localidade fronteiriça.
Foram os primeiros incidentes desse tipo desde agosto, quando as forças de segurança sofriam ataques quase diários, reavivando os temores de que a Costa do Marfim pudesse mergulhar novamente na instabilidade, um ano depois de uma breve guerra civil que deixou mais de 3.000 mortos.
“As fronteiras terrestre, aérea e marítima estão fechadas até segunda ordem”, disse o ministro Hamed Bakayoko à Reuters. “Isso foi organizado, ordenado e executado a partir do território ganense, e as autoridades ganenses sabem quem são essas pessoas.”
Num confronto de uma hora e meia ocorrido durante a madrugada perto da localidade fronteiriça de Noe, sete agressores foram mortos por forças de segurança marfinenses, segundo um oficial militar que pediu anonimato. Um soldado do governo ficou ferido, de acordo com a fonte.
Um morador de Noe disse que o confronto começou quando um grupo tentou ocupar um posto de fronteira, e que reforços militares foram chamados em seguida.