O governo da Coreia do Norte fez ameaças, esta segunda-feira (9), contra a criação de um escritório da Organização das Nações Unidas na Coreia do Sul para investigar abusos de direitos humanos no seu território, dizendo que qualquer um envolvido seria “cruelmente punido”.
A ONU pediu em Março que o seu escritório monitorasse os direitos humanos na Coreia do Norte, um país asiático comunista e recluso, depois de divulgar um relatório de 372 páginas de uma comissão da ONU que detalhava amplas violações, incluindo tortura sistémica, fome e mortes comparáveis às atrocidades da era nazista.
“Qualquer um que desafie a nossa dignidade e sistema social e concorde em prosseguir com a instalação do escritório será cruelmente punido”, disse o Comité para a Reunificação Pacífica da Coreia num comunicado.
O comité lida com questões relacionadas à Coreia do Sul. O presidente sul-coreano, Park Geun-hye, e outros representantes de organizações internacionais de direitos humanos “pagariam o preço”, disse o comunicado, divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
A Coreia do Norte está sob sanções da ONU, dos EUA e de outros países por causa de repetidos testes nucleares e de mísseis balísticos desde 2006.
