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COP 21: Negociações globais sobre o clima tropeçam perto da meta

Os esforços para se fechar um acordo global para combater as mudanças climáticas tropeçaram nesta sexta-feira depois de uma “dura noite” de negociações, forçando a França, anfitriã do encontro, a prorrogar a 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática por mais um dia para superar as persistentes divisões.

Depois de revelar um novo projecto de tratado que removeu alguns dos principais pontos de discórdia na noite passada, o chanceler francês, Laurent Fabius, disse que um texto final seria agora apresentado a cerca de 200 nações para revisão apenas no sábado, e não nesta sexta, como ele esperava. Embora as reuniões anuais da ONU sobre o clima quase sempre terminem com o alargamento do prazo, o anúncio abrupto foi feito quando alguns funcionários e observadores diziam que as discussões que entraram pela madrugada não tinham funcionado tão bem como se esperava.

As negociações deveriam terminar nesta sexta-feira. Como no início do encontro, há duas semanas, alguns países continuam divergindo sobre questões como a forma de equilibrar as acções de nações ricas e pobres para limitar gases de efeito estufa, e também as metas de longo prazo de qualquer acordo para restringir as emissões que estão aquecendo a Terra.

Uma fonte disse que a “noite foi muito difícil”. “Os países maiores estão entrincheirados atrás das suas linhas vermelhas em vez de avançar no compromisso”, disse Matthieu Orphelin, porta-voz da Fundação Nicolas Hulot.

Fabius, falando à emissora francesa BFMTV, manteve um tom positivo. “A atmosfera é boa, as coisas estão positivas, as coisas estão indo na direcção certa”, disse.

Separadamente, o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, falaram por telefone e disseram que seus países manterão a cooperação sobre as mudanças climáticas, segundo informou a televisão estatal chinesa. Não ficou claro o que eles discutiram, ou se o telefonema é sinal de novas divisões entre os maiores emissores do mundo, que firmaram um acordo climático histórico no ano passado.

Xi disse que os dois países “devem reforçar a coordenação com todas as partes e trabalhar em conjunto para garantir que a cúpula do clima em Paris chegue a um acordo, como previsto”, de acordo com uma reportagem da emissora estatal CCTV.

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