Embaixadores globais do clima fecharam um acordo marcante neste sábado, estabelecendo o curso para uma transformação “histórica” da economia baseada no combustível fóssil do mundo dentro de algumas décadas, numa tentativa de deter o aquecimento global.
No final do ano mais quente já registado e após quatro anos de negociações tensas ONU muitas vezes opondo os interesses dos países ricos contra pobres, ilhas ameaçadas contra potências económicas, o chanceler francês Laurent Fabius levou apenas alguns minutos para declarar o pacto adoptado para os aplausos de pé e assobios de delegados de quase 200 nações.
Aclamado como o primeiro acordo verdadeiramente global sobre o clima, comprometendo países ricos e pobres a frear aumento das emissões responsáveis ??pelo aquecimento do planeta, que define uma meta abrangente de longo prazo de eliminar a produção de gás de efeito estufa pelo homem neste século.
O acordo também cria um sistema para encorajar países a intensificar esforços nacionais voluntários para reduzir as emissões, e oferece biliões de dólares para mais ajudar nações pobres a lidar com a transição para uma economia mais ‘verde’.
Chamando-o de “ambicioso e equilibrado”, Fabius disse que o acordo iria marcar um “histórico ponto de virada” nos esforços para evitar as consequências potencialmente desastrosas de um planeta superaquecido.
De certa forma o seu sucesso estava garantido antes da cúpula começou: 187 nações apresentaram planos nacionais detalhadas para conter o aumento das emissões de gases de efeito estufa, os compromissos que são o núcleo do negócio Paris.