A contratação de professores para os diferentes níveis do ensino em Moçambique, para o presente ano lectivo, vai continuar aquém do número que seria de desejar devido a limitações de ordem financeira por parte do governo.
Assim, o Governo vai contratar, para o presente ano lectivo, apenas 8.500 novos professores orientados basicamente para o ensino primário, número idêntico ao do ano passado.
Segundo o porta-voz do Ministério da Educação, Eurico Banze, este número de professores permite que sejam matriculados um total de 6,1 milhões de alunos em todo o país, dos quais 4,5 milhões no ensino primário do primeiro grau.
“Este ano serão contratados 8.500 professores orientados basicamente para o ensino primário. Mas há um esforço para se incrementar para o ensino secundário. Sabemos que este número de professores não é suficiente para responder as necessidades, mas nós nos organizamos em função dos recursos disponibilizados pelo Governo” disse.
Até 2010, o país contratava em média cerca de 12 mil professores anualmente, quando o desejável seria entre 15 mil e 20 mil novos docentes.
Devido a constrangimentos de ordem orçamental, o Governo moçambicano não tem conseguido contratar professores em quantidade suficiente para responder a demanda e os padrões de qualidade exigidos.
Uma das consequências é o rácio elevado alunos/professor, cuja média e’ de longe superior a 60, uma situação que compromete sobremaneira a qualidade do ensino.