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Contenção da Erosão custa 800 mil mensais a Nacala Porto

O Concelho Municipal de Nacala-Porto, província de Nampula, está a investir 800 mil meticais mensais do fundo de receitas municipais para aquele período, visando a implementação de acções no âmbito da prevenção e combate aos problemas ambientais, em particular á erosão dos solos que ameaça aquela cidade declarada Zona Económica Especial pelo governo.

Chale Ossufo, edil de Nacala-Porto que revelou o facto, sublinhou que, de 2004 a 2008, cinco anos em que a cidade esteve sob gestão dos órgãos autárquicos eleitos da Renamo, nunca beneficiou de trabalhos de prevenção e combate sobretudo à erosão e o estágio actual é bastante desolador atendendo o nível de destruição actual causado por aquele fenómeno. E agora sentimo-nos obrigados a iniciar tudo de novo em termos de trabalhos de protecção da cidade contra a erosão dos solos. Pois todo o esforço que foi feito pelo governo na década 80, que significou vários milhões de dólares desembolsados pela República da Finlândia, foi deitado abaixo –sublinhou, consternado, Chale Ossufo.

Mensalmente, o município de Nacala- Porto colecta entre quatro a cinco milhões de meticais, segundo o edil que justifica que a aplicação de 800 mil em igual período para trabalhos de prevenção e combate a erosão foi matéria de consenso ao nível da Assembleia Municipal, com um total de 39 membros dos quais vinte da Frelimo e os restantes da Renamo.

O montante está, neste momento, a ser aplicado na aquisição de materiais, a maioria das quais importados da vizinha República da África do Sul, nomeadamente arame para gabiões, bem como para custear obras de construção de estruturas de betão armado para drenagem das águas pluviais nos bairros considerados críticos na cidade baixa, além da formação e reciclagem de técnicos municipais que vão intervir nos próximos cinco anos na correcção dos problemas ambientais que assolam aquela urbe.

Além de acelerar a destruição de infraestruturas sociais, em particular de estradas e habitação, a erosão dos solos cuja origem também tem factores humanos resltantes da ocupação de áreas protegidas, constitui uma séria ameaça aos esforços em curso visando a disponibilização de terras para a implantação de empreendimentos económicos que têm afluído para Nacala- Porto em franco crescimento depois da declaração da cidade há dois anos, segundo Chale Ossufo, como Zona Económica Especial ZEE).

De referir que desde a autarcização, o governo disponibiliza anualmente a favor das autarquias no país um montante considerável destinado a fazer face aos problemas ambientais que enfrentam, de acordo com as especificidades de cada uma. No entanto o elenco do antigo edil de Nacala-Porto, Manuel dos Santos, não se prezou a fazer a solicitação do referido fundo segundo as regras estabelecidas ao longo dos cinco anos que governou a cidade.

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