A crise das dívidas ilegais também afectou a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) que no exercício de 2017 registou prejuízos superiores a 823 milhões de Meticais e no ano passado nem sequer conseguiu gerar dividendos para o Estado. Ao @Verdade o Presidente do Conselho de Administração (PCA), Joaquim Langa, justificou maus os resultados com “a variação cambial afectou sobremaneira o nosso património de imóveis que estão em dólar”.
Embora o Presidente da República não admita que a crise económica e financeira que Moçambique vive desde 2016 foi precipitada pela descoberta dos empréstimos ilegais o facto é que a desvalorização do Metical afectou as contas de todo o sector produtivo sem deixar de fora as Empresas Públicas e Participadas pelo Estado.
A seguradora onde o Estado é acionista de 70 por cento, 31 por cento directamente e 39 por cento através do IGEPE, e que até está cotada na Bolsa de Valores de Moçambique após vários anos de resultados positivos, que em 2016 ultrapassaram o bilião de Meticais, teve as suas contas de 2017 afectadas pela crise que resultaram num prejuízo de 823.963.457 Meticais. O exercício de 2018 também não foi bom mas as contas saíram do negativo para um lucro módico de 297.244.702 Meticais.
Joaquim Langa, o PCA, disse em entrevista ao @Verdade que “a variação cambial afectou sobremaneira o nosso património de imóveis que estão em dólar”.
“Só aí registamos perdas cambiais de 926 milhões de Meticais. Essas perdas, no método de relato financeiro elas são reconhecidas como perdas do exercício que afectaram o nosso lucro”, argumentou o Presidente do Conselho de Administração da EMOSE.
Contudo Langa disse ao @Verdade que apesar dos resultados menos positivos a Seguradora está saudável. “Tivemos uma perda contabilística mas que não afectou o fluxo de caixa, a nossa capacidade financeira não está afectada nem tão pouco”.