Algumas organizações conservacionistas e de defesa da vida selvagem da África estão adotando uma política de “atirar para matar” contra caçadores para proteger espécies ameaçadas no continente, afirma um estudo conduzido por uma pesquisadora britânica.
Segundo Rosaleen Duffy, professora de Política Internacional da Universidade de Manchester, na Inglaterra, empresas especializadas em segurança e mercenários estão treinando guardas florestais em todo continente africano para que eles possam evitar a presença de caçadores em reservas. “Como operações militares privadas e também guardas florestais têm a autoridade de atirar em caçadores suspeitos, eles podem atirar primeiro e depois fazer perguntas”, disse Duffy , informa a BBC Brasil.
De acordo com a pesquisadora, o crescimento do turismo no continente fez com que a pressão internacional para a preservação de algumas espécies, como gorilas e rinocerontes, aumentasse. Para ela, isto fez com que alguns grupos conservacionistas passassem a considerar a proteção destes animais como mais importante que a própria vida humana.
Duffy conta que em países como o Zimbábwe, a República Democrática do Congo e o Malawí, empresas de segurança privadas foram contratadas para assegurar proteção militar a esses animais.