O Conselho de Ministros deverá aprovar, “dentro dos próximos dias”, o Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana com tendência a agravar-se, em Moçambique. Fonte governamental moçambicana garantiu esta segunda-feira ao Correio da manhã que apenas “é uma questão de dias para a aprovação do programa”, acrescentando que tudo já está feito, “faltando apenas o sinal a ser dado pelo Conselho de Ministros para o arranque do programa”.
Resultados, entretanto, de um estudo acabado de ser concluído indicam que na cidade de Maputo a incidência da pobreza absoluta agravouse de 47%, em 2003, para 53%, em 2008, registando-se “nos aglomerados humanos de Maputo o desemprego, criminalidade e altos custos da alimentação e habitação”.
O estudo concluiu ainda que “um grande número de jovens de ambos os sexos nos bairros com habilitações, mas desempregados e frustrados, que não conseguem viver segundo as normas da moderna vida urbana, pode pôr em perigo a actual estabilidade política”.
Refira-se que o Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana focaliza o aumento das oportunidades de emprego e promoção do sistema de protecção social e tem como principais componentes a geração de emprego, auto-emprego, melhoria do ambiente de negócios e protecção social, tendo o município como unidade implementadora de base.
Refira-se ainda que a população urbana de Moçambique é estimada em 30%, com tendência a subir, com a taxa de urbanização projectada a indicar que, em 2025, cerca de 50% da população moçambicana viverão nas cidades