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Congresso Nacional Africano ganha eleições autárquicas com 62%

O Congresso Nacional Africano (ANC) foi declarado vencedor das eleições autárquicas do dia 18 com uma percentagem nacional de votos de 62%. A Aliança Democrática (AD) foi a segunda força política mais votada com 23,9%, o Inkatha foi o terceiro partido mais votado, com 3,5 porcento, o Partido Nacional da Liberdade (NFP) o 4.º, com 2,4 porcento, e o Congresso do Povo (COPE) o 5.º com 2,3 porcento.

De acordo com os números oficiais divulgados pela Comissão Eleitoral Independente (IEC), estas foram também as eleições sulafricanas mais participadas desde a implantação da democracia, em 1994, com 57,6% dos eleitores a exercerem o seu direito de voto, o que surpreendeu a própria comissão, que estimava, antes do acto eleitoral, que a participação fosse da ordem dos 40%.

Num preâmbulo ao anúncio oficial dos resultados, na capital, Pretória, a presidente da IEC, Brigalia Bam, enalteceu o civismo dos eleitores, o comportamento exemplar dos partidos políticos e o excelente resultado conseguido pela sua comissão, quer do ponto de vista da satisfação dos eleitores, quer da ausência de contestação dos resultados, quer ainda da rapidez e precisão das contagens e auditorias.

“As eleições sul-africanas não são neste momento de padrão mundial apenas em África, mas também em comparação com as da Europa ou qualquer outro continente ou país”, salientou Brigalia Bam.

Bam, que preside à comissão eleitoral desde 1994, realçou que a IEC está imbuída do espírito do preâmbulo da Constituição, que define, nomeadamente, que “ninguém deve governar a África do Sul se não for mandatado pelo povo através de eleições livres e justas”, e prometeu que o futuro do organismo continuará a ser orientado por esse princípio.

O Presidente Jacob Zuma, que discursou a encerrar a cerimónia de anúncio dos resultados das eleições autárquicas 2011, exortou todos os partidos e dirigentes a trabalharem em cooperação com efeito imediato na satisfação das necessidades básicas das populações, salientando que o nível de participação nestas autárquicas (as quartas desde 1994) demonstra que “o poder autárquico não é menos importante que o do Executivo ou do Legislativo”.

Embora a hegemonia do ANC não tenha saído beliscada destas eleições municipais, o partido no poder desde 1994 perdeu três pontos percentuais a nível nacional e perdeu margens significativas nas províncias do Cabo Ocidental (15 porcento), Cabo do Norte (13 porcento) e Cabo Oriental (9 porcento).

Em contrapartida, a Aliança Democrática cresceu eleitoralmente em todas as províncias, conquistou pela primeira vez uma maioria absoluta na província do Cabo Ocidental e na zona metropolitana da Cidade do Cabo, conquistou circunscrições onde o ANC vencia desde 1994 e reteve a Câmara Municipal de Midvaal, em Gauteng, numa zona em que o ANC é a força dominante.

A nível nacional a AD passou dos 16 porcento em 2006 para 23,9 porcento.

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