Oito pessoas morreram durante os confrontos entre soldados e manifestantes no Cairo, que entraram no segundo dia, afirmou este sábado a televisão estatal egípcia. A emissora também noticiou que 303 pessoas ficaram feridas no embate na capital, cujo centro virou um campo de batalhas em confrontos que estão entre os mais violentos desde que um movimento popular tirou do poder o presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
O Dar al-Iftah, órgão egípcio que emite as fatwas (recomendações religiosas), disse que um dos seus oficiais seniores, Emad Effat, estava entre os mortos, segundo a agência de notícias estatal Mena.
Confrontos na região dos prédios do governo e do Parlamento estouraram após a noite cair na sexta-feira, com manifestantes jogando coquetéis molotov e pedras nos soldados, que usavam cacetetes.
A violência aumentou a tensão entre as forças no poder e os oponentes, e fizeram sombra sobre a eleição parlamentar que levaria os islâmicos, por muito tempo oprimidos por Mubarak, para perto do poder.