Nove pessoas, incluindo dois policias, morreram em confrontos entre sindicatos de trabalhadores em uma mina sul-africana operada pela terceira maior produtora de platina do mundo, a Lonmin. Este foi de longe o episódio mais violento em uma disputa que abala o setor.
A Lonmin informou que a situação permanecia instável na mina Western Platinum, da sua propriedade, situada 100 quilômetros a noroeste de Johanesburgo. A instalação estava operando com capacidade reduzida, sob forte vigilância policial.
A polícia contou à Reuters que dois policiais morreram a golpes de facões por uma multidão em fúria nas proximidades da mina. Um terceiro policia foi ferido com gravidade. Como resposta, os policias mataram três manifestantes a tiros.
“Fomos atacados. Os suspeitos tomaram nossas armas. Começou um tiroteio e durante esse incidente três suspeitos foram fatalmente atingidos”, afirmou o porta-voz Lindela Mashigo à Reuters.
A mina faz parte das operações da Lonmin em Marikana, com uma produção de 1,3 milhão de onças de platina em 2011. Funcionários da companhia não puderam afirmar o quanto da produção se perdeu, mas eles devem atualizar o mercado ainda esta semana.
Os confrontos envolvem uma disputa pelo recrutamento de trabalhadores entre o Sindicato Nacional dos Mineradores (NUM) e o Sindicato da Associação de Mineradores e da Construção Civil (AMCU). Ao menos três pessoas morreram em um incidente parecido em janeiro, que acabou provocando o fechamento por seis semanas da maior mina de platina do mundo, administrada pela Impala Platinum.
Dois seguranças foram esfaqueados até a morte no domingo. O NUM disse que um de seus integrantes foi assassinado. A Lonmin informou que um quarto funcionário foi encontrado morto com diversos ferimentos de tiro.