Num País onde falta comida e água potável para a maioria do povo, onde não existem escolas nem hospitais para todos, onde existem mais 15 milhões de pobres e pelo menos 3,8 milhões de crianças desnutridas o Governo não tem vergonha de endividar-se em centenas de milhões de dólares norte-americanos para a migração digital. Será que algum moçambicano vai morrer por não ver televisão ou ouvir rádio? Se desta vez pelo menos houve concurso público, que não aconteceu na adjudicação inicial em 2010, a verdade é que o negócio voltou a ser atribuído a mesma empresa de capitais chineses que tem como parceiro moçambicano a filha do ex-Presidente Armando Guebuza, a Startimes.