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Concessão do Porto da Beira à Cornelder, um exemplo de sucesso

A concessão da gestão do Porto da Beira, no Centro do País, feita pela Empresa Pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM-EP) à Cornelder de Moçambique (CdM), na óptica do concedente continua a ser bem sucedida, representando orgulho para ambas partes.

A concessão de processos de gestão das suas infra-estruturas para permitir maior concentração na gestão das participações da empresa, constitui o mais marcante marco da vida dos CFM-EP; mas importa salientar que nem todas foram bem sucedidas como o caso particular do Porto da Beira cuja gestão foi concessionada a CdM, uma empresa mista que envolve investidores nacionais e holandeses.

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) dos CFM-EP, Rosário Mualeia, declarou esta terça-feira, na Cidade da Beira, que a parceria firmada com a Cornelder de Moçambique está muito melhor. “Com a Cornelder os trabalhos estão muito melhores. Eles estão numa boa fase de desenvolvimento. O desempenho da Cornelder podemos dizer que é bom” – enfatizou o PCA dos CFM-EP, entidade concedente do Porto da Beira à CdM.

Referindo-se a outras concessões de vulto feitas pela empresa, nomeadamente os portos de Maputo (Sul) e de Nacala (Norte), Rosário Mualeia afirmou que as situações são variadas, sem, no entanto, perder de vista o interesse pela experiência bem sucedida no Porto da Beira (Centro).

Afirmou que em relação a Maputo o concessionário MPDC está a melhorar o seu desempenho, mas já não se pode dizer o mesmo em relação a Nacala, tendo anotado que os termos de concessão ate sao diferentes.

“Em Nacala os americanos acabaram se retirando do projecto e temos agora outros operadores que se mostram disponíveis e acreditamos que a movimentação que os actuais concessionários estão a fazer vira melhorar a situação” – afirmou Rosário Mualeia.

Mualeia reconheceu que a concessão de Nacala para atingir níveis de operacionalidade que se considerem normais exigira dos novos operadores investimentos elevados, destacando por exemplo os problemas com a linha férrea no interior do Malawi que se apresenta degradada.

Resumindo, como a própria administração dos CFM-EP considerara na devida altura, com excepção do Porto da Beira, as concessões feitas em Maputo e Nacala claramente estão a ser experiências de certo modo traumaticas para a empresa.

Segundo uma edição da Revista Xitimela, propriedade dos CFM-EP, a insatisfação relativamente às concessões problemáticas não se prende unicamente com a falta de pagamento das rendas acordadas. No caso de Maputo, inclui o nível de serviços que tem piorado e o tesouro público não está a receber receitas. Em Nacala também. As operações ferroviárias haviam pioraram em tudo, estrangulando até, nalguns casos, a economia da Província do Niassa.

Entretanto, segundo a fonte, os casos de sucesso radicam justamente na qualidade da escolha efectuada, onde os concessionários colocaram nessas empresas pessoas com competência e perfil adequados para fazerem a gestão. Foi assim no caso da Beira, onde o actual gestor privado a sua “cabeça” Carlos Mesquita e um homem de se lhe tirar o chapéu na matéria de gestão de negócios portuários. Até porque já trabalhou para os próprios CFM-EP, tendo sido o Director do Porto da Beira antes da sua concessão.

O Porto da Beira, localizado na costa leste do continente africano, a 20 Km do mar aberto e a esquerda do estuário do Pungué, é um dos mais modernos da região e representa um parceiro fundamental para o desenvolvimento da África Austral.?

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