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Compra dos 25.1 porcento do Moza Banco pelo BES

Ricardo Salgado, Presidente do Banco Espírito Santo (BES) de Portugal esteve no início desta semana e durante, dois dias, em Maputo para dar seguimento ao processo que vai culminar com a compra de 25.1 porcento das acções do Moza Banco pelo grupo português. Ao que se sabe, Ricardo Salgado veio a Moçambique para acompanhar de perto o due diligence, ou seja, a certificação das contas do Moza Banco e de toda a documentação relativa à instituição financeira moçambicana, processo fundamental e indispensável neste tipo de negócios.

O processo vai, igualmente, permitir que as partes definam claramente as linhas futuras de trabalho tendo em conta a entrada de um novo parceiro na estrutura accionista do Moza Banco, instituição que tem apenas pouco mais de 2 anos. Ricardo Salgado deixou o país na noite desta segunda-feira.

Numa Conferência de Imprensa conjunta, Prakash Ratilal, Presidente do Conselho de Administração do Moza Banco e Ricardo Salgado deram a entender que os passos que já foram dados indicam claramente que o negócio poderá ser fechado entre finais deste ano, ou então, princípios do próximo. Ricardo Salgado disse na Conferência de Imprensa que o facto de o Moza Banco ser um banco novo e pequeno não preocupa a sua instituição. Aliás, para o BES a reentrada em Moçambique representa um desafio e oportunidade de contribuir para o engrandecimento económico e financeiro de Moçambique.

Em relação aos resultados concretos da auditoria ora em curso, o presidente do BES assegurou que os mesmos (resultados) correspondem às expectativas do seu grupo financeiro. Garantiu que dependendo do tempo que as autoridades bancárias moçambicanas e portuguesas, no caso concreto, o Banco de Moçambique e o Banco de Portugal levarem para dar o aval final, o negócio pode-rá ser selado em finais deste ano ou princípios do próximo. “Portanto será um prazer voltar a Moçambique e estarmos associados à estrutura accionista liderada pelo Dr Prakash Ratilal”- assegurou o banqueiro português.

O BES é o segundo maior banco comercial português, estando, igualmente, a operar nas principais capitais europeias, nos Estados Unidos e na América do Sul. Depois de finalizado o acordo, sabese, a Moçambique Capitais continuará a deter a maioria do capital no banco, passando de 51% para 50,4 %.

A compra do BES faz-se sobretudo à custa da Geo Capital de Stanley Ho que passa de 49% para 24,5%. devendo continuar com um nicho de clientes do “corporate banking” e o “private banking”, o Moza Banco deverá, no âmbito deste negócio, duplicar o seu capital social para 30 milhões de dólares. O “corporate banking” constitui a principal linha de negócios e apoia as necessidades de pequenas/médias e grandes empresas, através de uma oferta abrangente: crédito, “trade finance”, transferências e pagamentos internacionais, forex, cartões de débito/crédito e consultoria financeira, entre outros serviços.

Por seu lado, o “private banking” é uma linha de negócios criada recentemente para responder às necessidades de clientes particulares de rendimento médioalto e alto, oferecendo soluções nas áreas da gestão de activos, depósitos e serviços de gestão do quotidiano.

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