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Como será o resgate dos mineiros no Chile

Um minucioso plano para a última fase do resgate de 33 trabalhadores presos numa mina do Chile inclui toques da engenhosidade local, máquinas de última geração e uma rígida dieta para os homens nas profundezas. Dois a quatro socorristas descerão até o fundo da mina pela cápsula construída especialmente para o regate.

Ainda lá embaixo, os trabalhadores – 32 chilenos e 1 boliviano – serão submetidos a exames médicos e receberão orientações antes de voltarem à superfície. A seguir, alguns dados sobre essa operação:

– Durante a madrugada de segunda-feira, os especialistas terminaram de reforçar com tubos de aço os primeiros 96 metros do duto de 66 centímetros de diâmetro, pelo qual passará a cápsula de resgate.

– Depois que for concluída a instalação de uma grua e do sistema de içamento, trabalho que deve demorar até terça-feira, a equipe de resgate fará testes na cápsula, com e sem pessoas dentro do duto, antes de descer até o fundo da mina.

– Doze horas antes do resgate, cada mineiro passará para uma dieta especial de comidas muito pouco sólidas, e quando faltarem seis horas para sua vez de serem erguidos eles devem ingerir apenas líquidos, devido ao estresse emocional e físico que a operação implicará.

– Os trabalhadores já fizeram exercícios físicos preparatórios, e também receberam cintos biométricos para monitorar seus sinais vitais, para que os técnicos desenvolvam modelos prevendo como será a subida pela cápsula.

– Líderes da equipe de resgate dizem que primeiro subirão os tecnicamente mais hábeis, para lidarem com a possibilidade de que a cápsula fique retida em alguma parte do duto.

Fontes do governo dizem que nessa etapa poderá subir o boliviano. Numa segunda etapa, devem subir os que estiverem mais debilitados, e por último os que forem psicologicamente mais fortes.

– Da equipe de resgate, descerão dois socorristas, um mineiro e um paramédico, que ajudarão os operários a entrarem nas cápsulas. – Cada cápsula mede 3,95 metros de altura e pesa cerca de 460 quilos. Estão equipadas com arnês (cadeirinha com cinto de segurança), tubo de oxigênio e microfone. O capacete tem um alto-falante para manter comunicação permanente, durante a ascensão, com a equipe de regate na superfície.

– Os trabalhadores entrarão no “elevador” com um traje especial, feito de hipora, um tecido impermeável duplo que permite ao corpo “respirar” sem suar muito. A roupa interior possui fibras de cobre, que impedem a chegada de fungos e bactérias. Eles também usarão luvas.

– Por terem passado mais de dois meses sob a terra, cada mineiro subirá à superfície usando óculos escuros de última geração, com 100 por cento de proteção contra raios UVA, UVB e UVC, e com um sistema cromático que permite manter a nitidez das cores, além de lentes intercambiáveis para enxergar de perto e de longe.

– A subida – que deve levar 45 minutos por homem – será monitorada com imagens e sons.

– Uma vez na superfície, os mineiros terão contato com médicos, e em seguida serão levados para uma UTI móvel e para uma segunda zona de estabilização. Se estiverem em boas condições de saúde, poderão ser transferidos para uma tenda onde ocorrerá a reunião com os familiares.

– Depois de concluído esse processo, os mineiros serão levados de helicóptero a um hospital da cidade de Copiapó, onde ficarão por pelo menos 48 horas.

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