Moçambique poderá seguir o exemplo de Angola na adopção e aplicação de políticas destinadas a garantir a reintegração social e o reconhecimento de antigos combatentes. A intenção foi manifestada na última Quinta-feira pelo Ministro moçambicano dos Combatentes, Mateus Kida, falando a imprensa angolana momentos depois da audiência concedida pelo vice-Presidente angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
A visita oficial de Mateus Kida a Angola tem por objectivo reforçar a cooperação bilateral entre os dois países na área dos Combatentes, segundo escreve a agência noticiosa ANGOP.
O governante moçambicano disse que Angola já registou progressos consideráveis na área dos Combatentes, sendo um dos exemplos disso o programa de construção de casas para aqueles que defenderam a integridade territorial e a paz.
Segundo Kida, esse exemplo é uma experiência que pode ser seguida por Moçambique.
O ministro disse ter transmitido ao vice-Presidente angolano os resultados das conversações realizadas com o seu homólogo angolano, que se traduzem na partilha de experiências para que ambos países lusófonos possam conduzir melhor as suas políticas destinadas a apoiar os combatentes.
Nesse sentido, Kida sugeriu as autoridades angolanas para criarem um programa que encoraje os antigos combatentes a escreverem livros sobre a história da luta de libertação nacional e a conquista da paz para o conhecimento da presente e futuras gerações.
O governante moçambicano disse igualmente ter recebido garantias do vice- Presidente de que o governo continuará a apoiar as relações bilaterais entre os dois países nesta área.
Angola é um país que, a semelhança de Moçambique, está localizado na Africa Austral e foi vítima da dominação colonial portuguesa e, depois de alcançar a independência, também sofreu uma guerra civil.