Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Com show de Durant, EUA voltam à final do Mundial de Básquete após 16 anos

Com show de Durant

Foi um sábado para mostrar orgulho. Pela primeira vez no Mundial da Turquia, todos os jogadores americanos levaram a mão ao peito quando o hino tocou, a data da semifinal, 11 de setembro, é especialmente dolorosa para eles. Quando a bola subiu, o orgulho ainda era o tema do dia, com a obrigação de superar a Lituânia e recolocar o país na final do torneio, o que não acontecia desde 1994. Possuído, Kevin Durant explodiu. Já no quarto período, após um cesto importante, segurou a camisa, mostrou o “USA” à claque e bateu palmas com a expressão de raiva. Foi assim, sem brincar, que o ala comandou a vitória por 89 a 74 e carregou seus companheiros rumo à final.

O adversário dos Estados Unidos na final deste domingo, às 19h45m, será a Turquia, que derrotou a Sérvia numa partida emocionante. A Lituânia disputa o bronze no domingo, contra o perdedor da partida entre turcos e sérvios.

O craque americano no Mundial, Durant não decepcionou na semifinal. Fez incríveis 17 pontos só no primeiro quarto e terminou como o melhor marcador do jogo, com 38, além de nove ressaltos. Deixou a quadra aplaudido pelos adeptos e pelos colegas de equipa. Os seus coadjuvantes foram Lamar Odom, com 13 pontos, e Russell Westbrook, com 12. O melhor marcador lituano foi Robertas Javtokas, com 15. A Lituânia parece ter feito o jogo da vida contra a Argentina, nos quartos de final. Aquele que ficará marcado como o dia em Luis Scola, o maior pontuador do campeonato, foi anulado.

Durant não parecia disposto a passar pelo mesmo. E tratou de mostrar rapidinho que seria preciso muito mais empenho para impedi-lo de chegar ao cesto. Sozinho, ele fez mais pontos do que toda a equipe adversária no primeiro quarto: 17 contra 12. Foi importante também na marcação, que impedia Kleiza e Jasaitis de se sentirem confortáveis atacando.

Com o caminho cheio de obstáculos, os lituanos viam com frequência a bola dar em aro ou nem mesmo chegar até ele. Situação bem distinta da vivida contra os hermanos, quando acertaram tudo de qualquer ângulo da quadra. Assustada, a equipe europeia perdia o fôlego e via os Estados Unidos agigantando-se, para a irritação de Kleiza, que ao fim dos primeiros dez minutos chutou a bola em direção à tribuna de imprensa ao ver a diferença no marcador: 23 a 12.

Enquanto o ala perdia a cabeça, os americanos apressavam-se para tentar liquidar a partida no segundo quarto. Imprimiam ainda mais velocidade e deixavam os jogadores rivais com as mãos apoiadas nos joelhos. Mas Durant queria vê-los no chão. E trabalhava para isso.

Na virada para o intervalo, os lituanos tinham 27 pontos, e o ala americano tinha 24, mais da metade dos 42 de sua seleção. Na volta do vestiário, quando tudo parecia sob controle, três bolas de três acordaram a equipe de verde. Durant estava adormecido e seus companheiros erravam passes e perdiam enterradas feitas.

Krzyzewski ia à loucura no banco de reservas ao ver que as falhas faziam a frente cair para dez pontos: 50 a 40. Para acalmá-lo, o craque americano acertou um arremesso longo e disse “presente”. A seleção fez mais dois ataques bem sucedidos e voltou a respirar tranquila (59 a 40). Só que a Lituânia começou a ser mais agressiva e não se entregou.

Com dez minutos para o fim do jogo, o placar mostrava 65 a 53. Se Durant andava sumido, Lamar Odom apresentava-se como opção para resolver qualquer problema. Já tinha 13 pontos e dez ressaltos e esfriava a reação do outro lado. Apesar das chances que criaram, os lituanos pecavam nas finalizações exatamente no momento que mais precisavam. Azar o deles, porque Durant reapareceu.

Ficou ali, cinco minutos zerado, trabalhando mais na defesa, até que resolveu fazer uns pontinhos. Gritou, mostrou a camisa e um sorriso para o banco dos Estados Unidos como quem queria dizer “já era”. E era mesmo. Deixou a quadra aplaudido pelas duas claques e chegou à final que tanto perseguiu.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!